Uso de palavras. Empresto sentido. E das palavras me permito ser informal. Por poucos segundos. Por poucas palavras. A formalidade me sujeita aos adjetivos. Prefiro me sujeitar aos verbos, ações de ínfima importância, mas de imensurável significado.
E aos poucos faço das palavras, lembranças. Não mais que isso. Não tão necessário quanto viver. Relembrar nos faz reconhecer o quanto vazio éramos. Ou o contrario, o quanto poderíamos ser.
Incerteza que parte do medo. E por medo nos privamos de nossas maiores lembranças. Restará o dia em que somente nossas memórias alimentarão nosso desejo de viver. Por hora, faço de meu anseio pela vida, páginas de minhas lembranças. As escrevo sem pressa. É com cautela que redescubro a beleza de um vazio, presente do passado.
Por poucas palavras, volto a dizer. Não há formalidades para os sentidos. Por pouco tempo, insisto em repetir. Segundos podem durar eternidades. Prefiro me sujeitar aos verbos, e desses, me preencho com aquele cuja ação parte de um ínfimo adjetivo, simplicidade.
Hiago Martins
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