Depois de tanto adormecida, a corrente necessidade de escrever. Motivos não justificam minhas palavras. Apenas escrevo. Palavras que me completam, que buscam identificar o inacabado a que me sujeito.
Hoje me vejo em constante necessidade de ser só. Contemplar no silêncio a ausência de palavras. Solidão cujo medo já foi intenso, mas hoje percebo ser o que tanto preciso. Anseio por perguntas que já não façam sentido. Conhecer o que de mim ainda não faz parte.
Margens de uma ilusão sem contorno. Riscos de uma admiração revestida de uma falsa coragem. Fraco pode ser o coração humano, por isso faço da vontade origem de minha força. Estou farto das máscaras que cobrem minhas superfícies. Busco o que ainda desconheço.
Não só de superfícies vive o homem. Assim como não só de palavras vive o ser humano. São sim, necessárias, mas não únicas. Vivo no silêncio o inicio do verbo. Agir. Primeiros significados que modelam o que por dentro sou.
As palavras são poucas, seus significados são ínfimos. Mas hoje redescubro o valor que havia perdido. Ainda não sei quando isso tudo termina, tampouco quando teve inicio. Apenas sigo.
Hiago Martins
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